“A culpa é minha?” Quando o familiar se sente responsável pela dependência.

“Eu devia ter percebido antes.”
“Onde foi que eu errei?”
“Será que fui muito ausente?”
“Ou será que fui permissivo demais?”

Esses pensamentos vêm como facas. E, muitas vezes, não saem da cabeça de quem ama um dependente químico.

A culpa se instala devagar. No começo, é só uma dúvida. Depois vira uma certeza doída, que pesa no peito dia após dia. E mesmo quando todos dizem que “não é sua culpa”, no fundo, você sente que poderia, ou deveria ter feito algo diferente.

É natural. Mas não é justo.

A dependência química é uma doença complexa, com raízes emocionais, sociais e até genéticas. Não é causada por uma única atitude, nem por um erro pontual. E jamais pode ser colocada como responsabilidade exclusiva de quem esteve por perto.

O familiar pode ter errado? Pode. Todos erram. Mas isso não o torna culpado. O que te torna humano é justamente continuar tentando, mesmo sem saber exatamente como ajudar.

Na Clínica Emunah, ouvimos todos os dias histórias de pais, mães, irmãos, companheiros… Todos marcados pela dor da dúvida, pela autocobrança, pela sensação de falha. E a nossa resposta é sempre a mesma:

Você não causou isso. Mas você pode ser parte da solução.

E essa solução começa com um passo: pedir ajuda. Para seu ente querido, mas também para você. Porque ninguém deveria enfrentar essa batalha sozinho.

A culpa só paralisa. O cuidado, não.

Vamos conversar?

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