Como a dependência química é classificada como doença?

O vício em drogas é considerado um caso de saúde pública, pois grandes são os impactos gerados. Os problemas não atingem apenas aqueles que cercam o dependente, mas a sociedade como um todo. A dependência química é considerada uma doença e o sujeito necessita de tratamento.

As cobranças da sociedade atual, as influências ao redor do indivíduo, ocorrência de traumas e alto estresse, presença de transtornos mentais e vulnerabilidade social são alguns dos fatores considerados de risco para que o usuário desenvolva o vício em drogas.

Saiba mais sobre a dependência química enquanto doença e veja como recebeu essa classificação.

Como a dependência química é classificada como doença?

As drogas, como álcool, maconha e cocaína, por exemplo, produzem efeitos psicoativos, por isso, causam impactos no funcionamento do cérebro. Para o usuário essas sensações são agradáveis, transportam os sentidos e pensamentos para longe dos problemas. Entretanto, enquanto o indivíduo desfruta desses resultados, o seu cérebro recebe alterações muitas vezes prejudiciais a curto e a longo prazo.

Todo uso de droga corre o risco de desenvolver o vício, o corpo adoece ao experimentar a abstinência. Esse sujeito para a agir em prol de adquirir mais entorpecentes, por isso pode causar mal a si mesmo e aos que o cercam. A percepção de mundo e dos outros fica deturpada e prevalece sempre a manutenção da compulsão. Nem todo o usuário é um dependente propriamente dito, mas todo o uso torna o vício mais próximo.

Quando atinge o estado de dependência, o indivíduo apresenta um comportamento característico. Há constantemente a vontade obsessiva de consumir a substância, não consegue controlar as próprias atitudes. As atividades, sejam de trabalho ou lazer, são trocadas facilmente pelo uso da droga e os seus efeitos negativos são ignorados.

Por esses e demais motivos, a dependência química está entre os transtornos psiquiátricos como uma doença crônica. As suas ações são gradativas, aumenta progressivamente e promove uma adaptação do indivíduo aos sintomas, a fim de que ele consiga manter o vício.

A doença é incurável e caminha para a deterioração do sujeito, entretanto, a solução apontada para esses casos é o tratamento. Ainda que não seja totalmente curado, o sujeito em tratamento desenvolve ferramentas para que controle o desejo de usar as substâncias. A clínica de tratamento tem a intenção de ajudar essas pessoas a retomarem o controle de suas vidas e voltarem a viver em sociedade.

Em razão disso, o apoio da família e entes queridos é parte do processo de recuperação. Quando associados ao tratamento especializado, o incentivo dos entes queridos torna o sujeito mais aberto às mudanças e a retomar a própria vida.

A dependência química é uma doença, classificada por especialistas como um transtorno psiquiátrico. Porém, esse quadro não impede que o dependente consiga realizar o tratamento e voltar para o convívio social. É muito importante que a família esteja atenta aos sintomas e procure uma clínica para começar o tratamento o quanto antes.

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